Padrões de gênero e autoestima

A sociedade impõe padrões estéticos, comportamentais e de realização que, muitas vezes, limitam a expressão genuína de quem somos.

Como psicóloga, presencio diariamente os impactos desses padrões na autoestima. Diante de exigências inalcançáveis, homens e mulheres acabam se distanciando da própria potência, tomados por uma autocrítica constante.

Culturalmente, somos ensinados desde cedo a seguir deveres sociais de comportamento e sucesso. A mensagem é clara: independentemente do que sentimos, é preciso trabalhar, manter o relacionamento pelos filhos, engolir o choro... e a lista continua, sustentando um modelo que não acolhe o sentir.

O processo de mudança implica em olhar para dentro antes de dar novos passos no mundo. Isso significa validar o que se sente em cada relação e agir a partir da integração entre necessidade, racionalidade e intuição.

A negação da intuição e das emoções aparece, muitas vezes, de forma sutil nas nossas relações cotidianas. Nesse caminho, a psicoterapia se mostra como um suporte potente no processo de autoconhecimento, promovendo relações mais respeitosas, cuidadosas e satisfatórias.